segunda-feira, 1 de outubro de 2007

josé

- Os antigos israelitas não eram nem beduínos condutores de camelos, nem condutores de caravanas no Neguebe, nem fazendeiros estabelecidos, mas pequenos nômades criadores de rebanhos. Limitavam-se a ocupar áreas e caminhos onde os poços de água estejam bem próximos uns dos outros e onde haja pastagem adequado. – num 21:17-18.
- vimos que os patriarcas não são figuras lendárias nas tradições patriarcais encontramos nomes do antigo oriente médio, costumes e nomes de cidades, patriarcais legais de origem hurrita.
Ler a frase da pág 37 do livro de George
- quando Abraão chegou ao Egito, esse pais podia ufanar-se de uma cultura com mais de mil anos de antiguidade. O começo da historia egípcia usualmente retrocede ao rei Menés o qual uniu os dois reinos – um o delta e outro no vale do rio Nilo.
- Com exceção da bíblia faltava vestígios sobre a estada de Israel no Egito. De uma terra como o Egito era de esperar documentação sobre o que relata a bíblia. Pelo menos no que diz respeito a Jose, já que ele foi grão-vizir do faraó, e portanto um homem poderoso no Nilo.
- nenhuma nação do antigo Oriente nos transmitiu a própria historia com tanta fidelidade como o Egito. Ate 3000 AC podemos acompanhar quase sem uma falha os nomes dos faraós, conhecemos a sucessão de dinastias do antigo, do médio, e do novo império. Mas no caso de Jose o Egito não deu uma só resposta.
- As informações quase ininterruptas sobre séculos remotos cessam bruscamente por volta do ano 1730 AC. Só em 1580 ac ressurgem testemunhos.
- como explicar a falta de qualquer noticia?
- Hicsos (Soberano de terras estrangeiras) , tribos semitas de Canaã e da Síria.
- A historia de Jose e a estada dos filhos de Israel no Egito tem lugar no turbulento período do domino dos estrangeiros hicsos no Nilo. Por isso os egípcios não deixaram vestígios.
- O egípcios a quem Jose foi vendido chamava-se Putifar. Um nome comum no país e significa o “Enviado do deus Rê”.
- A elevação de Jose a vice-rei do Egito é descrita na Bíblia com rigor quase protocolar. Gen 41:42. Foi exatamente assim que os artistas egípcios representaram em quadros murais e relevos essas investiduras solenes.
- Como vice rei Jose sobe ao segundo carro do faraó (Gen 41:43). Alguns estudiosos defendem a idéia que só poderia se referir ao período dos hicos porque foram eles que introduziram os carros de guerra. Antes disso não era comum no Nilo.
- Gene 41:53,54 – Anos de seca, mas colheitas e períodos de fome são repetidamente referidos na terra do Nilo.
- Quando velho Jacó morreu, fizeram com ele uma coisa desconhecida e estranha em Cana, seu corpo foi embalsamado.
- Sob os egípcios jamais um habitante da areia poderia ser vice-rei. Para um egípcios não havia nada mais desprezível do que os pastores de animais pequenos. Gen 46:34. no entanto no tempo dos hicsos houve varias vezes funcionários com nome semítico.
- PROBLEMAS:
- As 4 confirmações da historia de Jose nada tem a ver com o período dos hicsos, no era costume localizar esse episodio, mas sim com fases posteriores da historia do antigo Egito.
1 – Só ocorreu na época dos Ramsés, quando os altos cargos na corte egípcia eram ocupados por asiáticos influentes.
2 – O Símbolo da vaca como “ano” foi confirmado somente na época dos Ptolomeus. Portanto situa-se um milênio e mais alguns séculos depois da era dos hicsos.
3 – Os privilégios relativos a posse de terra e prestação de tributos com os quais se beneficiaram os sacerdotes egípcios – Gen 47:22 vigoraram somente na época dos saítas.
4 – o cerimonial de investidura surgiu apenas a época de Sargao II quando dominou o Egito.
- Alguns passaram a defender que Jose realmente viveu em período egípcios. Que a referencia aos carros não dizem nada, já que mesmo após a expulsão dos hicsos os egípcios continuaram a usar esses carros.
- Um arqueólogo chamado Redford encontrou vinte e cinco pontos contra a datação do episodio de Jose na era dos hicos, situando-os em fins do antigo Egito.
- Êxodo 1:8 e 11 –
- O novo rei que não conhecia José era Ramsés II. Jose viveu no tempo dos hicsos. Esse faraó tinha dois motivos para odiar:
1 – era um desprezível “vagabundo da areia”- Ovelhas nunca constam como ofertas aceitáveis nos alteres dos deuses ou ancestrais mortos. Nos baixos relevos sempre são gravados bois nunca ovelhas.
2 – Foi funcionário da administração detestada.
- Foi encontrado um tumulo que representava cenas da vida egípcia. Num detalhe representa a fabricação de tijolos pessoas com a pele clara que deveriam ser semitas.
- Uma inscrição no tempo de Ramses II fala de “pr” que arrastam pedras para a grande fortaleza da cidade de Per-Ramsés. A língua egípcia designa “pr” os semitas.
- Os israelitas foram vitimas do furor construtivo do faraó. A situação das terras para onde eles haviam imigrado favorecia o recrutamento para o trabalho escravo. A bíblica Gessem, com seus ricos pastos, começava poucos quilômetros ao sul da nova capital e chegava ate Pitom. Nada mais facial do que afastar de seus rebanhos e de seusa tendas aqueles estrangeiros que viviam as portas do grande centro de construções e submete-los ao trabalho escravo.
- Segundo Gleason – há indicações claras no texto de Gen e também em Exodo 1 que Faraó que deu as boas vindas a Jose ra um egípcio nativo e não um estrangeiro semita. Para ele era egípcio por isto era necessário aos filhos de JACÓ ressaltarem que possuíam gado deixando de mencionar os rebanhos de ovelhas, para fazer uma boa impressão ao faraó – Gen 46:31-34.
- 18ª Dinastia Ahmose expulsou toda a população Hicso do Egito, perseguindo-os ate sua fortaleza de Saruem no sul da Palestina. Se então os israelitas tivessem sido amigos e aliados dos Hicsos porque não foram expulsos. Para ele foram os Hicos que forçaram os israleitas a fazerem trabalhos forçados.
- outro que não concorda que foram os hicos .
- Jose casou-se com Aasenate filha de Potifera, o sacerdote do deus On (Heliopolis). O nome dele significa “ que pertence a Neith” uma deusa egípcia, enquanto o nome de seu pai era apenas uma variante de Potifar. O nome de Jose foi mudado logo após seu casamento para Zafenate-Panéia. “o que fornece alimento da vida”.
- Vários costumes e preconceitos confirmam um fundo histórico egípcio.
- quando Jose pela primeira vez apareceu perante o rei Sesostris II, logo após sua libertação da prisão, ele se barbeou para que o rei não se sentisse ofendido. Foi exatamente isso que um exilado egípcio chamado Sinuhe fez quando retornou ao Egito após ter vivido por anos entre os semitas da Síria. Jose teria cometido uma grande insulto a um rei hicso, cujo costume era usar barba, caso tivesse comparecido diante dele com o rosto liso.
- quando os irmãos de Jose vieram a ele a procura de grãos, não sabendo ainda qual era sua verdadeira identidade, ele os separou no horário do jantar por que os “egípcios não poderiam comer com os hebreus”. Gen. 43:32.
- Caso Jose tivesse se apresentado como um oficial de origem semitica a serviço do rei hicso, seria muito estranho o fato de ele mesmo afastar-se de elementos da mesma raça. O fato dele estar agindo segundo uma tradição já existente por muitos anos prova que a historia nada tem a ver com os hicos.
- outro detalhe é a declaração feita por Jose que dizia serem os pastores uma abominação para os egípcios Gen 46:34. ora uma coisa que os hicsos não poderiam deixar de ser era pastores. Eles nunca desprezariam os hebreus pelo fato de serem estes também como eles o eram.
- O embalsamento e a lamentação pela morte de Jacó se adapta melhor as praticas egípcias.
- Por ultimo a questão da língua. Em sua primeira viagem ao Egito, os irmãos de Jose acreditando que ele era um egípcio começaram a falar uns com os outros em hebraico (Gen 42:32. querendo não decepciona-loes em sua apreensão, Jose fez sua parte e conversou com eles exclusivamente no idioma egípcio. Com certeza, se ele tivesse suposto por um momento que Jose fosse um hicos não teriam conversado em hebraico na tentativa de evitar que Jose os entendesse, uma vez que o idioma hicso derivava do semítico, e iriam acabar compreendendo o hebraico.

Existem controvérsias sobre o governante que estava no poder quando da ascensão de José ao posto de “vizir” (ou primeiro-ministro). Alguns historiadores localizam como um faraó egípcio, outros como um faraó hicso.
Existe uma unanimidade quanto a localizar a permanência de José no Egito, no período conhecido como Médio Império . “O que falta ainda ser determinado é que o arcabouço cultural de Gênesis 37-50 se adapta melhor a um governo de origem egípcia do que com uma dominação de reis hicsos”
6
. Eugene H. Merril nos diz:
Segundo a cronologia adotada nesta obra, José nasceu no ano 1916, entrou no Egito 1886, e morreu em 1806 (Gn 50.22) na idade de 110 anos. Toda a duração de sua vida foi contemporânea à magnífica e deslumbrante décima segunda Dinastia do Médio Império Egípcio. Segundo este sistema de datação, aprendemos que José foi vendido ao Egito no final dos anos do reinado de Ammenemes II (1929-1895). Seu reinado foi conhecido como um governo pacifico, caracterizado pelo alto desenvolvimento da agricultura e da situação econômica do país, e pelo incremento das relações internacionais que o aproximaram do ocidente da Ásia. Nesse caso, José não seria mal recebido nessa corte, por causa de seus ancestrais étnicos. Ao que tudo indica, foi durante o reinado de Sesostris II (1897-1878) que ele ficou aprisionado, cerca de dez anos após a sua chegada ao Egito. Foram os sonhos de Sesostris que ele interpretou e sob quem ele serviu como um alto oficial do governo.
Outro fato a se salientar, é que durante o reinado de Sesostris II, vários escravos
asiáticos foram importados para a região de Ben Hasan, bem como mercenários. Este fato
demonstra que não havia um sentimento anti-semita entre a população e o governo. Vários
murais encontrados em Ben Hasan demonstram isto. Esta também foi uma época de
grandes construções, faz-se necessário destacar uma: a construção de um canal para ligar a
bacia de Fayyum ao rio Nilo, estas ruínas permanecem até hoje e foram chamadas de “Bahr
Yusef” (Rio de José)

. Estes fatos estão em acordo com o relato de Gênesis 37.
Existe, porem, uma tradição que remonta a época de Flavio Josefo (90 dC), que coloca a ida e permanência de José no Egito durante o período dos faraós hicsos

Esta tradição colocaria o período de permanência do Egito como 215 anos e não 430 anos como usualmente é aceito.
Quando os Hicsos invadem o Egito eles estabelecem no Médio Império, o que se chama em egiptologia como segundo período intermediário(1661 – 1570 aC)
Não há como precisar a origem deste povo que irá dominar o Egito por quase dois séculos. O que sabemos é que, provavelmente, ele era de origem semita e que sua origem é o oriente. Este povo domina o Império Egípcio, com relativa facilidade. O historiador Mario Curtis Giordani apresenta algumas razões para este domínio fácil conseguido por este povo:
... Além do número, podemos apontar como fator decisivo à superioridade do armamento. Os Hicsos usavam armas de bronze e ferro (lanças, espadas, escudos, capacetes, armaduras compostas de escamas de cobre ligadas a um forro de couro). Mas foram, sobretudo, os carros de guerra puxados por cavalos que desorientaram a defesa egípcia, que desconhecia os novos engenhos de guerra e os próprios animais.
Esta invasão quebra a seqüência de dinastias de origem egípcia. Estabelecendo-se,
então, uma dinastia estrangeira no Egito. Os faraós Hicsos exercem seu poder sobre esta
terra por, aproximadamente, 150 anos.
Segundo Gleason L. Archer, Jr, no livro Merece Confiança o Antigo Testamento?:
É perfeitamente provável que um elo de simpatia tivesse existido entre os Hicsos e os Hebreus por causa da sua língua cananita e da sua origem asiática. O nome dum dos seus primeiros soberanos, conforme a história de Maneto, era Salitis, marcadamente semelhante à palavra semítica “shallit”(soberano). Nomes semíticos foram atribuídos a um número significante de cidades do norte do Egito, tais como: Sucote (Êx 12.37), Baal-zefom (Êx 14.2), Migdol (Êx 14.2) e vários outros.
A ascensão de José a um alto posto dentro da corte egípcia, não importa se durante um governo egípcio ou hicso, possibilita a sua família encontrar abrigo seguro, durante um
período de escassez que se abate sobre a Palestina. Lá eles encontram um ambiente propício para se desenvolverem e se tornarem um povo. De uma família numerosa a um
povo numeroso, a ponto de incomodar a outro faraó posteriormente (Êx 1.1-10).
Os dois posicionamentos, geralmente aceitos, quanto à duração da permanência do povo hebreu no Egito, são: 430 anos e 215 anos. Cremos que a argumentação favorável aos 430 anos tem maior consistência. A seqüência de referencias que tratam sobre o assunto (Gn 15.13, 16; 46.3, 4; Êx 12. 40,41), nos revelam 430 anos, mesmo uma análise do termo
usado em Gn 15.16 (dôr), traduzido por “geração” nos leva a esta conclusão. O Dicionário
Internacional de Teologia do Antigo Testamento diz o seguinte sobre este termo:
O ciclo da vida de alguém, do nascimento à morte. Esse é o significado aparente de Gn 15.16, onde quatro gerações cobrem um período de 400 anos (cf. Gn 15.13). Isso está de conformidade com a grande longevidade dos patriarcas hebreus.“Na época dos patriarcas era visto como um período de cem anos. (...) É assim que, entre os romanos, a palavra seculum originalmente tinha o sentido de uma era ou geração e mais tarde passou a denotar século” (GENESIUS, Lexicon, trad. Edw Robinson, 26. Ed., 1891). Esta idéia está presente nas passagens que falam de uma geração como algo que se vai, em vez de algo que é
sucedido por outra (Dt 1.35; 2.14).
Temos também no acadiano, que tem a mesma raiz lingüística do hebraico, a palavra “dãru” que significa “duração da vida.”
2) NO ÊXODO
Deus vai atuar também na libertação de seu povo. Não temos como precisar
quando os hebreus foram escravizados. “Amósis ou seu sucessor Amenotepe I (1546 –
1526), foi o responsável pela política repressiva que se seguiu naqueles dias. Isto incluía a
redução dos hebreus à escravidão, com trabalhos forçados em projetos de construções
públicas (Ex 1.11-14)”.
16
O fato é que tendo se tornado numeroso, eles representavam uma ameaça aos egípcios, e a experiência anterior com a invasão dos hicsos, fez com que estes escravizassem e tomassem medidas para o extermínio deste povo.

- A dominação dos hicsos no Egito aocorreu entre a morte de Jose e o nascimento de Moises, um período em que o AT se mostra compeltamente silencioso. Os hicsos mantiveram efetivo controle do Baixo Egito (o Delta) por cerca de 150 anos. Eles tomaram e reconstruíram a cidade de Avaris por volta de 1720, o que está confirmado na Estela que foi encontrada em 1863.
O farao expulsou os hicsos um povo aparentado dos hebreus e pode ter ficado receoso de que sua rápida multiplicação pudesse se constituir numa serie ameça ao seu recente governo e autoridade. Desse forma o seu sucessor Amenotepe foi o responsável pela política repressiva.
- Os antigos israelitas não eram nem beduínos condutores de camelos, nem condutores de caravanas no Neguebe, nem fazendeiros estabelecidos, mas pequenos nômades criadores de rebanhos. Limitavam-se a ocupar áreas e caminhos onde os poços de água estejam bem próximos uns dos outros e onde haja pastagem adequado. – num 21:17-18.
- vimos que os patriarcas não são figuras lendárias nas tradições patriarcais encontramos nomes do antigo oriente médio, costumes e nomes de cidades, patriarcais legais de origem hurrita.
Ler a frase da pág 37 do livro de George
- quando Abraão chegou ao Egito, esse pais podia ufanar-se de uma cultura com mais de mil anos de antiguidade. O começo da historia egípcia usualmente retrocede ao rei Menés o qual uniu os dois reinos – um o delta e outro no vale do rio Nilo.
- Com exceção da bíblia faltava vestígios sobre a estada de Israel no Egito. De uma terra como o Egito era de esperar documentação sobre o que relata a bíblia. Pelo menos no que diz respeito a Jose, já que ele foi grão-vizir do faraó, e portanto um homem poderoso no Nilo.
- nenhuma nação do antigo Oriente nos transmitiu a própria historia com tanta fidelidade como o Egito. Ate 3000 AC podemos acompanhar quase sem uma falha os nomes dos faraós, conhecemos a sucessão de dinastias do antigo, do médio, e do novo império. Mas no caso de Jose o Egito não deu uma só resposta.
- As informações quase ininterruptas sobre séculos remotos cessam bruscamente por volta do ano 1730 AC. Só em 1580 ac ressurgem testemunhos.
- como explicar a falta de qualquer noticia?
- Hicsos (Soberano de terras estrangeiras) , tribos semitas de Canaã e da Síria.
- A historia de Jose e a estada dos filhos de Israel no Egito tem lugar no turbulento período do domino dos estrangeiros hicsos no Nilo. Por isso os egípcios não deixaram vestígios.
- O egípcios a quem Jose foi vendido chamava-se Putifar. Um nome comum no país e significa o “Enviado do deus Rê”.
- A elevação de Jose a vice-rei do Egito é descrita na Bíblia com rigor quase protocolar. Gen 41:42. Foi exatamente assim que os artistas egípcios representaram em quadros murais e relevos essas investiduras solenes.
- Como vice rei Jose sobe ao segundo carro do faraó (Gen 41:43). Alguns estudiosos defendem a idéia que só poderia se referir ao período dos hicos porque foram eles que introduziram os carros de guerra. Antes disso não era comum no Nilo.
- Gene 41:53,54 – Anos de seca, mas colheitas e períodos de fome são repetidamente referidos na terra do Nilo.
- Quando velho Jacó morreu, fizeram com ele uma coisa desconhecida e estranha em Cana, seu corpo foi embalsamado.
- Sob os egípcios jamais um habitante da areia poderia ser vice-rei. Para um egípcios não havia nada mais desprezível do que os pastores de animais pequenos. Gen 46:34. no entanto no tempo dos hicsos houve varias vezes funcionários com nome semítico.
- PROBLEMAS:
- As 4 confirmações da historia de Jose nada tem a ver com o período dos hicsos, no era costume localizar esse episodio, mas sim com fases posteriores da historia do antigo Egito.
1 – Só ocorreu na época dos Ramsés, quando os altos cargos na corte egípcia eram ocupados por asiáticos influentes.
2 – O Símbolo da vaca como “ano” foi confirmado somente na época dos Ptolomeus. Portanto situa-se um milênio e mais alguns séculos depois da era dos hicsos.
3 – Os privilégios relativos a posse de terra e prestação de tributos com os quais se beneficiaram os sacerdotes egípcios – Gen 47:22 vigoraram somente na época dos saítas.
4 – o cerimonial de investidura surgiu apenas a época de Sargao II quando dominou o Egito.
- Alguns passaram a defender que Jose realmente viveu em período egípcios. Que a referencia aos carros não dizem nada, já que mesmo após a expulsão dos hicsos os egípcios continuaram a usar esses carros.
- Um arqueólogo chamado Redford encontrou vinte e cinco pontos contra a datação do episodio de Jose na era dos hicos, situando-os em fins do antigo Egito.
- Êxodo 1:8 e 11 –
- O novo rei que não conhecia José era Ramsés II. Jose viveu no tempo dos hicsos. Esse faraó tinha dois motivos para odiar:
1 – era um desprezível “vagabundo da areia”- Ovelhas nunca constam como ofertas aceitáveis nos alteres dos deuses ou ancestrais mortos. Nos baixos relevos sempre são gravados bois nunca ovelhas.
2 – Foi funcionário da administração detestada.
- Foi encontrado um tumulo que representava cenas da vida egípcia. Num detalhe representa a fabricação de tijolos pessoas com a pele clara que deveriam ser semitas.
- Uma inscrição no tempo de Ramses II fala de “pr” que arrastam pedras para a grande fortaleza da cidade de Per-Ramsés. A língua egípcia designa “pr” os semitas.
- Os israelitas foram vitimas do furor construtivo do faraó. A situação das terras para onde eles haviam imigrado favorecia o recrutamento para o trabalho escravo. A bíblica Gessem, com seus ricos pastos, começava poucos quilômetros ao sul da nova capital e chegava ate Pitom. Nada mais facial do que afastar de seus rebanhos e de seusa tendas aqueles estrangeiros que viviam as portas do grande centro de construções e submete-los ao trabalho escravo.
- Segundo Gleason – há indicações claras no texto de Gen e também em Exodo 1 que Faraó que deu as boas vindas a Jose ra um egípcio nativo e não um estrangeiro semita. Para ele era egípcio por isto era necessário aos filhos de JACÓ ressaltarem que possuíam gado deixando de mencionar os rebanhos de ovelhas, para fazer uma boa impressão ao faraó – Gen 46:31-34.
- 18ª Dinastia Ahmose expulsou toda a população Hicso do Egito, perseguindo-os ate sua fortaleza de Saruem no sul da Palestina. Se então os israelitas tivessem sido amigos e aliados dos Hicsos porque não foram expulsos. Para ele foram os Hicos que forçaram os israleitas a fazerem trabalhos forçados.
- outro que não concorda que foram os hicos .
- Jose casou-se com Aasenate filha de Potifera, o sacerdote do deus On (Heliopolis). O nome dele significa “ que pertence a Neith” uma deusa egípcia, enquanto o nome de seu pai era apenas uma variante de Potifar. O nome de Jose foi mudado logo após seu casamento para Zafenate-Panéia. “o que fornece alimento da vida”.
- Vários costumes e preconceitos confirmam um fundo histórico egípcio.
- quando Jose pela primeira vez apareceu perante o rei Sesostris II, logo após sua libertação da prisão, ele se barbeou para que o rei não se sentisse ofendido. Foi exatamente isso que um exilado egípcio chamado Sinuhe fez quando retornou ao Egito após ter vivido por anos entre os semitas da Síria. Jose teria cometido uma grande insulto a um rei hicso, cujo costume era usar barba, caso tivesse comparecido diante dele com o rosto liso.
- quando os irmãos de Jose vieram a ele a procura de grãos, não sabendo ainda qual era sua verdadeira identidade, ele os separou no horário do jantar por que os “egípcios não poderiam comer com os hebreus”. Gen. 43:32.
- Caso Jose tivesse se apresentado como um oficial de origem semitica a serviço do rei hicso, seria muito estranho o fato de ele mesmo afastar-se de elementos da mesma raça. O fato dele estar agindo segundo uma tradição já existente por muitos anos prova que a historia nada tem a ver com os hicos.
- outro detalhe é a declaração feita por Jose que dizia serem os pastores uma abominação para os egípcios Gen 46:34. ora uma coisa que os hicsos não poderiam deixar de ser era pastores. Eles nunca desprezariam os hebreus pelo fato de serem estes também como eles o eram.
- O embalsamento e a lamentação pela morte de Jacó se adapta melhor as praticas egípcias.
- Por ultimo a questão da língua. Em sua primeira viagem ao Egito, os irmãos de Jose acreditando que ele era um egípcio começaram a falar uns com os outros em hebraico (Gen 42:32. querendo não decepciona-loes em sua apreensão, Jose fez sua parte e conversou com eles exclusivamente no idioma egípcio. Com certeza, se ele tivesse suposto por um momento que Jose fosse um hicos não teriam conversado em hebraico na tentativa de evitar que Jose os entendesse, uma vez que o idioma hicso derivava do semítico, e iriam acabar compreendendo o hebraico.

Existem controvérsias sobre o governante que estava no poder quando da ascensão de José ao posto de “vizir” (ou primeiro-ministro). Alguns historiadores localizam como um faraó egípcio, outros como um faraó hicso.
Existe uma unanimidade quanto a localizar a permanência de José no Egito, no período conhecido como Médio Império . “O que falta ainda ser determinado é que o arcabouço cultural de Gênesis 37-50 se adapta melhor a um governo de origem egípcia do que com uma dominação de reis hicsos”
6
. Eugene H. Merril nos diz:
Segundo a cronologia adotada nesta obra, José nasceu no ano 1916, entrou no Egito 1886, e morreu em 1806 (Gn 50.22) na idade de 110 anos. Toda a duração de sua vida foi contemporânea à magnífica e deslumbrante décima segunda Dinastia do Médio Império Egípcio. Segundo este sistema de datação, aprendemos que José foi vendido ao Egito no final dos anos do reinado de Ammenemes II (1929-1895). Seu reinado foi conhecido como um governo pacifico, caracterizado pelo alto desenvolvimento da agricultura e da situação econômica do país, e pelo incremento das relações internacionais que o aproximaram do ocidente da Ásia. Nesse caso, José não seria mal recebido nessa corte, por causa de seus ancestrais étnicos. Ao que tudo indica, foi durante o reinado de Sesostris II (1897-1878) que ele ficou aprisionado, cerca de dez anos após a sua chegada ao Egito. Foram os sonhos de Sesostris que ele interpretou e sob quem ele serviu como um alto oficial do governo.
Outro fato a se salientar, é que durante o reinado de Sesostris II, vários escravos
asiáticos foram importados para a região de Ben Hasan, bem como mercenários. Este fato
demonstra que não havia um sentimento anti-semita entre a população e o governo. Vários
murais encontrados em Ben Hasan demonstram isto. Esta também foi uma época de
grandes construções, faz-se necessário destacar uma: a construção de um canal para ligar a
bacia de Fayyum ao rio Nilo, estas ruínas permanecem até hoje e foram chamadas de “Bahr
Yusef” (Rio de José)

. Estes fatos estão em acordo com o relato de Gênesis 37.
Existe, porem, uma tradição que remonta a época de Flavio Josefo (90 dC), que coloca a ida e permanência de José no Egito durante o período dos faraós hicsos

Esta tradição colocaria o período de permanência do Egito como 215 anos e não 430 anos como usualmente é aceito.
Quando os Hicsos invadem o Egito eles estabelecem no Médio Império, o que se chama em egiptologia como segundo período intermediário(1661 – 1570 aC)
Não há como precisar a origem deste povo que irá dominar o Egito por quase dois séculos. O que sabemos é que, provavelmente, ele era de origem semita e que sua origem é o oriente. Este povo domina o Império Egípcio, com relativa facilidade. O historiador Mario Curtis Giordani apresenta algumas razões para este domínio fácil conseguido por este povo:
... Além do número, podemos apontar como fator decisivo à superioridade do armamento. Os Hicsos usavam armas de bronze e ferro (lanças, espadas, escudos, capacetes, armaduras compostas de escamas de cobre ligadas a um forro de couro). Mas foram, sobretudo, os carros de guerra puxados por cavalos que desorientaram a defesa egípcia, que desconhecia os novos engenhos de guerra e os próprios animais.
Esta invasão quebra a seqüência de dinastias de origem egípcia. Estabelecendo-se,
então, uma dinastia estrangeira no Egito. Os faraós Hicsos exercem seu poder sobre esta
terra por, aproximadamente, 150 anos.
Segundo Gleason L. Archer, Jr, no livro Merece Confiança o Antigo Testamento?:
É perfeitamente provável que um elo de simpatia tivesse existido entre os Hicsos e os Hebreus por causa da sua língua cananita e da sua origem asiática. O nome dum dos seus primeiros soberanos, conforme a história de Maneto, era Salitis, marcadamente semelhante à palavra semítica “shallit”(soberano). Nomes semíticos foram atribuídos a um número significante de cidades do norte do Egito, tais como: Sucote (Êx 12.37), Baal-zefom (Êx 14.2), Migdol (Êx 14.2) e vários outros.
A ascensão de José a um alto posto dentro da corte egípcia, não importa se durante um governo egípcio ou hicso, possibilita a sua família encontrar abrigo seguro, durante um
período de escassez que se abate sobre a Palestina. Lá eles encontram um ambiente propício para se desenvolverem e se tornarem um povo. De uma família numerosa a um
povo numeroso, a ponto de incomodar a outro faraó posteriormente (Êx 1.1-10).
Os dois posicionamentos, geralmente aceitos, quanto à duração da permanência do povo hebreu no Egito, são: 430 anos e 215 anos. Cremos que a argumentação favorável aos 430 anos tem maior consistência. A seqüência de referencias que tratam sobre o assunto (Gn 15.13, 16; 46.3, 4; Êx 12. 40,41), nos revelam 430 anos, mesmo uma análise do termo
usado em Gn 15.16 (dôr), traduzido por “geração” nos leva a esta conclusão. O Dicionário
Internacional de Teologia do Antigo Testamento diz o seguinte sobre este termo:
O ciclo da vida de alguém, do nascimento à morte. Esse é o significado aparente de Gn 15.16, onde quatro gerações cobrem um período de 400 anos (cf. Gn 15.13). Isso está de conformidade com a grande longevidade dos patriarcas hebreus.“Na época dos patriarcas era visto como um período de cem anos. (...) É assim que, entre os romanos, a palavra seculum originalmente tinha o sentido de uma era ou geração e mais tarde passou a denotar século” (GENESIUS, Lexicon, trad. Edw Robinson, 26. Ed., 1891). Esta idéia está presente nas passagens que falam de uma geração como algo que se vai, em vez de algo que é
sucedido por outra (Dt 1.35; 2.14).
Temos também no acadiano, que tem a mesma raiz lingüística do hebraico, a palavra “dãru” que significa “duração da vida.”
2) NO ÊXODO
Deus vai atuar também na libertação de seu povo. Não temos como precisar
quando os hebreus foram escravizados. “Amósis ou seu sucessor Amenotepe I (1546 –
1526), foi o responsável pela política repressiva que se seguiu naqueles dias. Isto incluía a
redução dos hebreus à escravidão, com trabalhos forçados em projetos de construções
públicas (Ex 1.11-14)”.
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O fato é que tendo se tornado numeroso, eles representavam uma ameaça aos egípcios, e a experiência anterior com a invasão dos hicsos, fez com que estes escravizassem e tomassem medidas para o extermínio deste povo.

- A dominação dos hicsos no Egito aocorreu entre a morte de Jose e o nascimento de Moises, um período em que o AT se mostra compeltamente silencioso. Os hicsos mantiveram efetivo controle do Baixo Egito (o Delta) por cerca de 150 anos. Eles tomaram e reconstruíram a cidade de Avaris por volta de 1720, o que está confirmado na Estela que foi encontrada em 1863.
O farao expulsou os hicsos um povo aparentado dos hebreus e pode ter ficado receoso de que sua rápida multiplicação pudesse se constituir numa serie ameça ao seu recente governo e autoridade. Desse forma o seu sucessor Amenotepe foi o responsável pela política repressiva.